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Foto do escritorMarcio Cruz

AS INCRÍVEIS SIMILARIDADES ENTRE O UNIVERSO E O CÉREBRO HUMANO

Atualizado: 27 de jul.

A imagem logo abaixo é relativamente popular na Internet, revelando enormes semelhanças entre uma rede neuronal de um roedor (na esquerda) e a simulação em computador de um aglomerado de galáxias (na direita). E muitos poderiam argumentar que a manipulação de imagens poderia produzir tais efeitos de forma proposital, forçando uma semelhança que, na realidade, não poderia existir. Mas um estudo efetuado pelo astrofísico Franco Vazza, da Universidade de Bolonha, e do neurocirurgião Alberto Feletti, da Universidade de Verona, ambas na Itália, provou que essas assustadoras similaridades são ainda mais amplas e de uma natureza bastante concreta.


Terapia Regressiva de Vidas Passadas

As galáxias podem se agrupar em enormes estruturas (chamadas aglomerados, superaglomerados e filamentos), as quais se estendem por centenas de milhões de anos-luz. A fronteira entre essas estruturas e os trechos vizinhos de espaços vazios podem ser extremamente complexos. De maneira análoga, o cerebelo humano se estrutura de forma similar, contendo cerca de 86 bilhões de neurônios, ao passo que a teia cósmica observável contém um pouco mais de 100 bilhões de galáxias. Os dois tipos de estruturas diferem em uma escala de 27 ordens de magnitude (isto é: um bilhão de bilhões de bilhões). Mas os resultados da equipe sugerem que, embora os processos físicos que conduzem a estrutura do Universo e a estrutura do cérebro humano sejam extremamente diferentes, eles podem resultar em níveis semelhantes de complexidade e auto-organização.

Tanto os neurônios quanto as galáxias têm um raio de escala típico que é apenas uma fração do comprimento dos filamentos. E o fluxo de informação e energia entre os nós é apenas cerca de 25% do conteúdo de massa e energia de cada sistema. Além disso, existem semelhanças entre a proporção de composição do cérebro e a proporção de composição do Universo. O cérebro tem cerca de 77% de água. O Universo é cerca de 72% de energia escura.

Com essas semelhanças definidas, a equipe em seguida realizou uma comparação quantitativa dos dois contextos com base em imagens. Eles obtiveram fatias do cerebelo e do córtex humano em diferentes ampliações e as compararam com simulações da teia cósmica. O que eles estavam procurando eram semelhanças nas flutuações de densidade de matéria entre cérebros e a teia cósmica. E eles descobriram que a distribuição relativa das flutuações nos dois sistemas era surpreendentemente semelhante.

A equipe analisou outras características morfológicas, como o número de filamentos conectados a cada nó. A teia cósmica, com base em uma amostra de 3.800 a 4.700 nós, tinha em média 3,8 a 4,1 conexões por nó. O córtex humano, para uma amostra de 1.800 a 2.000 nós, teve uma média de 4,6 a 5,4 conexões por nó. Além disso, ambos os sistemas mostraram uma tendência de agrupar as conexões em torno dos nós centrais. E ambos parecem ter uma capacidade de informação semelhante.

Um estudo recente sugere que a memória do cérebro humano possui uma capacidade por volta de 2,5 petabytes. Outro estudo recente, de Vazza, sugere que a capacidade de memória necessária para armazenar a complexidade do Universo gira em torno de 4,3 petabytes.

“A grosso modo”, escreveram os pesquisadores em 2017, “essa semelhança na capacidade de memória significa que todo o corpo de informações armazenado em um cérebro humano (por exemplo, toda a experiência de vida de uma pessoa) também pode ser codificado na distribuição das galáxias em nosso universo." "Mais uma vez, os parâmetros estruturais identificaram níveis de concordância inesperados. Provavelmente, a conectividade dentro das duas redes evolui seguindo princípios físicos semelhantes, apesar da diferença marcante e óbvia entre as potências físicas reguladoras das galáxias e dos neurônios", disse Feletti.

Não há uma razão científica para tamanhas semelhanças entre estruturas e escalas tão radicalmente diferentes. Mas as filosofias do Vale do Indo nos alertam, há pelo menos 3.000 anos, que o universo é de natureza fundamentalmente mental. Ou seja, um gigantesco campo mental cósmico estaria rodando nos bastidores daquilo que entendemos por realidade, sendo a consciência a verdadeira origem de toda a matéria. E é fascinante poder testemunhar um momento em que a ciência, pouco a pouco e através de outros meios, parece estar chegando às mesmas conclusões.

Para ter acesso ao artigo original, segue o link para a publicação Frontiers in Physics.

Para entender as implicações deste artigo na abordagem da Terapia por Reintegração de Memórias, leia a postagem O Universo é Mental.

 

Marcio Cruz é terapeuta de regressão de memória formado pelo IMMTER - Instituto Mineiro de Medicina e Terapias e pós-graduando em Neurociências e Comportamento pela PUCRS.​ Saiba mais sobre Marcio Cruz na seção O Terapeuta. Terapia por Reintegração de Memórias - TRM Terapia alternativa na cidade de Jundiaí, SP.

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