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Foto do escritorMarcio Cruz

A MATEMÁTICA COMO PISTA PARA A NATUREZA MENTAL DO UNIVERSO

Atualizado: 21 de fev.

Os números não nascem em árvores. Não estou querendo dizer com essa frase que a matemática não se aplica a tudo que existe no universo, posto que a suposta alegação contraria tudo aquilo que a ciência e a tecnologia conquistaram até hoje em nossa civilização. Só estou querendo que você enxergue algo que sempre esteve aqui, na frente de nossos narizes e, por ser algo tão absurdamente óbvio, nós somos incapazes de enxergar como o ar que respiramos.


Terapia Regressiva de Vidas Passadas

O exercício que estou propondo é mais contra intuitivo e, por isso mesmo, talvez um pouco mais difícil de ser concebido em um primeiro momento.


Olhe mais uma vez para a natureza e tente achar uma montanha de números primos, uma cachoeira feita de aritmética, um desfiladeiro de estatísticas, uma lagoa cheia de álgebra ou um lindo mar de equações. Muito obviamente, a natureza nunca produziu a matemática. Esta é uma invenção exclusivamente humana e, ainda assim, o mundo e o universo podem ser precisamente descritos através desse sistema. O que será que este fenômeno está tentando nos dizer? Segundo Carl Jung, renomado psiquiatra suíço, os números seriam arquétipos de ordem. Ou seja, padrões universais disponíveis no inconsciente coletivo, este último sendo o enorme campo psíquico natural a partir do qual todos nós derivamos enquanto mentes dissociadas de uma mente universal. Tal concepção ajuda a conceber os números não como objetos disponíveis na natureza e sim como padrões mentais acessíveis à consciência humana.


Muito obviamente, a matemática só surgiu com o ser humano: uma criatura provida de um intelecto capaz de descrever a realidade de forma ampla e precisa. O problema foi que tamanha precisão criou um gigantesco fascínio e uma boa dose de confusão no meio do caminho, onde passamos a confundir a descrição do universo com o universo propriamente dito. Ou seja: uma descrição sempre será posterior à coisa descrita e o paradigma materialista acabou invertendo essa lógica, como quem acredita que um mapa seria capaz de dar origem a um território. E assim trocamos o território pelo mapa, achando que as descrições produzem a realidade, conforme os materialistas sempre tentaram nos convencer: arranjos materiais extremamente complexos (cérebro) criam a consciência e não o contrário (para um melhor aprofundamento deste aspecto, leia a postagem O Universo é Mental). Tal qual um padrão de fractais que se desdobram, a matemática constituiria os blocos de construção que, por meio da repetição em escalas cada vez mais complexas e abrangentes, dariam forma milagrosamente ao universo físico.


Mas como vimos anteriormente, os números são apenas encontrados na mente humana, não constituindo coisas ou objetos funcionando independentemente de nossa consciência na trama da realidade. E como todos nós sabemos, o universo surgiu muito antes do homo sapiens existir. Assim sendo, se a matemática é um fenômeno mental plenamente alinhado com o universo físico, esta é mais uma evidência de que o universo também é de natureza mental e não material. Ou seja, se fomos capazes de criar descrições matemáticas extremamente precisas da natureza, as quais só existem dentro de nossas consciências, tamanha correspondência só seria possível mediante uma perfeita compatibilidade entre as nossas mentes individuais e a mente cósmica no substrato de todo o universo físico.

A mente ou a consciência é, portanto, um fenômeno transpessoal que extrapola o núcleo individual e se estende sobre o universo como um incomensurável campo subjacente à realidade física, passível de ser parcialmente acessado por experiências de pico, respiração holotrópica, práticas de meditação, terapia regressiva ou pelo uso de substâncias psicodélicas. E da mesma maneira que a observação dos físicos colapsa a função de onda nos experimentos subatômicos, nossa observação colapsa o universo físico, trazendo para o funil da mensuração humana a realidade consensual que todos nós compartilhamos.


Que implicações tais constatações poderiam trazer para o nosso entendimento sobre o nosso papel nesta vida? E de que forma a concepção de um universo físico que está dentro da consciência cósmica e não a consciência individual dentro do nosso corpo físico pode mudar radicalmente a nossa forma de frequentar o mundo?


 

Marcio Cruz é terapeuta de regressão de memória formado pelo IMMTER - Instituto Mineiro de Medicina e Terapias e pós-graduando em Neurociências e Comportamento pela PUCRS.​ Saiba mais sobre Marcio Cruz na seção O Terapeuta. Terapia por Reintegração de Memórias - TRM Terapia alternativa na cidade de Jundiaí, SP.

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